As gotinhas usadas normalmente no Brasil para combater a paralisia infantil (poliomielite) devem ser substituídas no futuro pela versão injetável da vacina. A troca está sendo cogitada pelo Ministério da Saúde e é citada por médicos como benéfica pelo fato da injeção não apresentar o risco de reações adversas – como no caso de uma criança de um ano e quatro meses em Pouso Alegre, que pode ter desenvolvido a doença após receber uma dose das gotinhas.
Conhecida como Sabin, a vacina oral contém um vírus atenuado da doença e foi responsável por erradicar a doença no país há 20 anos após campanhas de vacinação, popularizadas no Brasil pelo personagem Zé Gotinha.
No caso de Pouso Alegre, a criança foi diagnosticada pelo médico Walter Luiz Magalhães como portadora de paralisia intensa e flacidez nas pernas e no braço direito – sintomas que podem ter sido causados pelo vírus da poliomielite.
A troca já foi adotada em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e europeus. A substituição do uso da Sabin pela versão injetável – conhecida como Salk – é uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas deveria ser feita somente quando fosse constatada a erradicação total do vírus no mundo.
Do G1